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Clockwork Prince, de Cassandra Clare

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No submundo mágico da Londres Vitoriana, Tessa Gray finalmente encontrou segurança com os Shadowhunters. Mas essa segurança se torna frágil quando forças rebeldes na Clave planejam ver a sua protetora, Charlotte, substituída como líder do Instituto. Se Charlotte perder sua posição, Tessa estará na rua e será uma presa fácil para o maligno Magister, que quer usar os poderes de Tessa para os seus próprios fins sombrios.

Clockwork Prince é o Segundo livro na série Infernal Devices, que tem como primeiro livro Clockwork Angel. Os livros são uma “prequel” da série Instrumentos Mortais, mas pode ser lida sozinha sem nenhum prejuízo.

O negócio para mim é o seguinte: Infernal Devices é MUITO MELHOR do que Instrumentos mortais. Tanto no desenvolvimento da história quanto no desenvolvimento dos personagens. Se tinha gente que dizia que o Will era igual ao Jace no primeiro, Clockwork Prince certamente modificou essa visão (eu acho). Nesse segundo livro da série, o foco é o desenvolvimento dos personagens. E, como eu amo os personagens dessa história, amei o livro.

Uma coisa que acho muito legal em Infernal Devices é como a Cassandra Clare consegue explorar as relações entre as pessoas. Em Instrumentos Mortais, embora a história seja bem rica, eu senti que alguns personagens e relações são muito bidimensionais. Nesse aspecto, acredito que a escrita da Cassie evoluiu bastante, mas ainda não chegou lá. Isso porque as histórias de alguns personagens secundários evoluem de forma atropelada e até um pouco sem sentido. O foco, mesmo, é o trio principal: Will, Jem e Tessa.

O que dizer sobre eles além de que personificam um triangulo amoroso de verdade? Will e Jem são melhores amigos, então a felicidade de um é a ruína do outro. Mas como negar para o seu melhor amigo o que ele quer, mesmo que seja o mesmo que você quer? Como encerrar uma amizade que é mais profunda do que qualquer coisa só por causa dos sentimentos para com uma garota? É esse o dilema que enfrentamos, com dois problemas adicionais. Jem e Will dependem um do outro tanto quanto dependem de Tessa para serem felizes. No final do livro, eu fiquei desesperada porque não conseguia ver nenhuma solução para a situação em que eles estavam a não ser eles se mudarem para o Camarões e viverem numa sociedade poliandrica em que a Tessa pode ter mais de um marido.

Sobre a trama propriamente dita, o livro evolui muito pouco em comparação com Clockwork Angel. Apesar da conspiração contra a líder do Instituto e a tentativa de desmascará-la, essa trama se perde no meio de desenvolvimentos pessoais. Cassandra perdeu um pouco da mão nesse aspecto e, como temos só mais um livro, espero que ela retorne e dê uma conclusão satisfatória a toda essa história. O elemento Steampunk continua lá, com autômatos e robôs gigantes determinados a destruir tudo que aparece pela frente.

No final, eu amei o livro, embora tenha considerado um pouco falha a execução da trama maior da série. Como gosto muito dos personagens, adorei o desenvolvimento e as tensões que cresceram nessa segunda parte da série. Só espero que ela não continue assim e termine abruptamente, sem dar um encerramento adequado para a série.

E, sério mesmo, rezo todos os dias para ela não fazer o que fez com Instrumentos Mortais e escrever mais três livros desnecessários.

Classificação final: 5 caixas cheias de ópio


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